quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Comprar em Brechó agora e " FASHION "

Lojas se sofisticam e diversificam, deixando para trás a imagem ligada a pouco dinheiro e a gosto por velharias

( Danyella Proença )
Vestir-se com roupas de brechó deixou, definitivamente, de ser sinônimo de mau gosto ou pouco dinheiro. Hoje, nove em cada dez celebridades antenadas com o mundo da moda assumem recorrer a peças de segunda mão para compor um visual criativo.
Aos poucos, os brechós foram deixando de lado a imagem de lugar mal cuidado, cheio de poeira e roupas velhas. Muito pelo contrário, sofisticaram-se e apresentam não apenas um visual atraente como apostam em uma clientela mais qualificada. O público também ficou mais diversificado: dos fashionistas de plantão a pessoas que buscam apenas preços mais baixos.
Os brechós raramente vendem apenas roupas. Na maioria deles, é possível encontrar de tudo: sapatos, móveis, utensílios para o lar, eletrodomésticos, quadros, discos, livros, óculos, bolsas, fantasias, perucas e muitas antiguidades.
A palavra de ordem é garimpar. Entre várias peças aparentemente sem graça, você pode encontrar uma que combine perfeitamente com seu estilo. Ou então aquele modelito que você viu na vitrine de uma loja e não teve coragem de comprar. E o melhor: por um preço que pode chegar a apenas 10% do valor original.



A figurinista Patrícia Miranda, que se define como uma ''rata de brechós'', orgulha-se ao contar que certa vez comprou por R$ 70 uma peça que vira meses antes na vitrine de uma loja renomada. O preço original: a ''bagatela'' de R$ 3 mil. Patrícia garante que, com paciência, é possível encontrar verdadeiras raridades nos brechós. Isso, claro, além de compor um visual com a garantia de não encontrar nenhum igual pela rua.
O olhar positivo sobre os brechós, entretanto, só começou a ganhar força há pouco tempo. A procura tem crescido muito. Acredita-se que parte do sucesso se deve ao fato de muitos famosos assumirem fazer compras em brechós, o que deu um certo glamour ao negócio.

Os brechós recebem muitas visitas de estudantes e ''moderninhos'', todos em busca de uma peça que os diferencie na multidão.

Seja qual for o perfil do comprador, fazer um passeio pelos brechós pode ser um programa para lá de divertido. Tudo isso com a certeza de estar investindo no principal quesito para estar na moda: a criatividade.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Como começou

O Brechó Les Amis, existe desde Dezembro de 2003, mas essa história de vender roupas semi-novas é um pouco mais antiga.

Entre 1999 até final de 2003, trabalhei no Brechó Capricho à Toa, de propriedade do meu meio irmão Regis e de sua mãe Denise. Interessei-me pela área e, como na época eu me mantinha sozinha, faculdade e essas coisas difíceis de pagar (rs), resolvi investir minhas forças para aumentar essa renda, então, comecei a receber o pagamento em roupas e revender essas peças. A princípio para amigas, amigas das amigas e assim foi crescendo a cada dia e aumentando a clientela.

Rodava São Paulo, Arujá, Guarulhos e pra onde me chamassem, vendendo e comprando roupas. Confesso que a minha idéia nunca foi abrir um brechó, sempre quis trabalhar na área de desenvolvimento de produto, mas enfim... Tranquei a faculdade de moda no 5º semestre. E o que era pra ser só uma grana a mais, virou um negócio.

Não me arrependo, nem um pouco, pois amo muito que faço. Nesses 11 anos trabalhando com semi-novos e quase 7 anos com o Brechó Les Amis, posso dizer que sou uma profissional realizada.

Hoje estamos eu, Taisa e minha mãe Ivonete que também foi fundamental nessa realização, a frente do Brechó Les Amis.